O bebê, ao fazer esforços para sugar os dedos, estará manipulando seus esquemas para satisfazer seu desejo de levar o dedo à boca. Pelas definições acima expostas, podemos perceber que há grande dificuldade em se encontrar uma concordância sobre o que significa o comportamento de brincar. Se, por um lado, para alguns autores, o brincar é livre e se opõe a toda regra fixa, por outro, podemos questionar as idéias dos autores que vêem o brincar como meio para descarga de energias, isto é, não lhe atribuindo importância.
Por exemplo, é possível criar um jogo de matemática utilizando cartas ou tabuleiros, ou realizar uma dramatização para explorar conceitos de história. Também é válido incorporar atividades lúdicas de forma transversal, relacionando-as com diferentes áreas do conhecimento. Além disso, é importante adaptar as atividades lúdicas de acordo com as necessidades e interesses das crianças, garantindo que sejam desafiadoras e significativas. Para implementar o lúdico na prática, é essencial criar um ambiente lúdico na sala de aula.
Pelo “faz de conta”, a criança tem a oportunidade de compreender melhor as suas emoções e expressá-las de forma saudável. Por intermédio de personagens, os pequenos descobrem mais sobre os sentimentos, conseguem atribuir os nomes a cada sensação e aprendem acerca da empatia. Por fim, ao longo da brincadeira, as crianças experimentam diferentes emoções. Com o tempo, vão desenvolvendo habilidades para lidar com todo tipo de emoção. Este é um exemplo de brincadeira que proporciona o desenvolvimento da linguagem. Afinal, a criança está narrando acontecimentos, nomeando objetos e descrevendo cenários — tudo isso por meio das palavras.
Jogos lúdicos: Desenvolvendo habilidades cognitivas e sociais
É de grande relevância e importância a brincadeira ser vista como um recurso de aprendizagem, pois a criança demostra toda sua agilidade, crescimento e desenvolvimento nos aspectos sociais e culturais. A partir dos cinco vem os quebra-cabeças, jogos de memórias, blocos para montar, jogos de tabuleiro, e por aí vai. Cada fase é um novo universo que a criança está descobrindo, e os brinquedos brinquedos de bebe fazem parte de todas. Entre outros temas, Vygotsky escreveu sobre o avanço da capacidade cognitiva da criança ao brincar e ressaltou as interferências do contexto social ao qual ela está inserida. Segundo o pensador, que hoje é reconhecido por especialistas do mundo inteiro, as crianças têm mais dificuldades de desenvolvimento quando não são estimuladas a brincar desde cedo.
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Assim, desenvolve um novo olhar sobre as necessidades dos outros, compreendendo-as e as validando, o que estimula uma postura mais aberta e tolerante. Enfim, adquire capacidades de negociação e tolerância, ao buscar uma solução que seja agradável para si e seus colegas. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a BNCC é um documento normativo que define o conjunto de aprendizagens essenciais, que todos os alunos devem desenvolver ao longo da formação proveniente da educação básica. Uma criança não pode ser vista como algo independente das relações mundiais, como algo já previsto ou descontextualizado (SARMENTO, 2003). No entanto, os especialistas alertam que cada vez mais cedo elas estão tendo acesso a celulares, tablets e televisão, com os quais trocam o mundo real pelo virtual.
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Caracteriza-se pela manifestação do pensamento da criança através de sensações (sensório) e movimentos (motor). O pensamento, portanto, é a própria ação prática da criança, ou seja, a criança explora muito o seu corpo, e os movimentos realizados, geralmente, são centrados nela. Por isso, diz-se que nesta fase a criança está imersa em um egocentrismo inconsciente e integral. Percebe-se, portanto, que esses dois autores admitem que o organismo e o meio exercem ação recíproca e consideram que os fatores biológicos e sociais estão em constante interação no processo de desenvolvimento infantil e não podem ser separados um do outro. Normalmente, brincar é um ato reconhecido como espontâneo e natural, que se constitui, basicamente, em um sistema que integra a vida social das crianças e que passa de geração a geração, de acordo com os interesses e necessidades de cada grupo e época. No mesmo sentido de Kishimoto, também Cunha (1998) acredita que o brinquedo estimula a inteligência, fazendo com que a criança solte sua imaginação e desenvolva a criatividade.
Elas têm como objetivo proporcionar um ambiente de aprendizado divertido e significativo para as crianças, estimulando seu desenvolvimento cognitivo, socioemocional e motor. Os educadores desempenham um papel crucial ao incentivar e participar das brincadeiras lúdicas, estimulando a criatividade, a interação e o aprendizado das crianças. Além disso, é importante valorizar as brincadeiras lúdicas como parte integrante do currículo, proporcionando tempo adequado para que as crianças possam se envolver nessas atividades. Dessa forma, é possível criar um ambiente acolhedor e estimulante, onde as brincadeiras lúdicas se tornam um recurso valioso para o processo de aprendizado das crianças na educação infantil.
Com esta compreensão podemos entender que a escola necessita repensar quem ela está educando, considerando a vivência, o repertório e a individualidade do mesmo, pois se não considerar, dificilmente estará contribuindo para mudança e produtividade de seus alunos. Há alguns que vêm com uma estrutura para encaixe das letras; outros vêm com imagens que podem ser associadas aos sons das letras; outros são coloridos e vêm em uma caixa compartimentada, como no método montessori; outros ajudam na alfabetização bilíngue; etc. A brincadeira ou o jogo somente tem validade se usados na hora certa, e essa hora é determinada pelo professor, ele é quem determina para o aluno qual o objetivo do jogo, das regras e o momento. Através do faz-de-conta, a criança ultrapassa os limites colocados no seu cotidiano, já que este tipo de brincadeira lhe possibilita experimentar sentimentos que muitas vezes nao poderia na vida real. Quanto aos jogos referentes ao pensamento, estes são não simbólicos; consistem simplesmente em exercer algumas funções, como, por exemplo, perguntas feitas só por perguntar. Quando a criança não tem interesse pelo que está perguntando, é muito comum fazer perguntas, apenas pelo prazer de interrogar.